Conselhos para fazer um percurso por livre num paraiso no meio do Atlántico
Com só 90 km de comprido,15 km de largo e uma população de pouco mais de 100.000 pessoas, na Ilha de São Miguel acumulam-se muitos lugares de interesse. De facto, nós decidimos dedicar-lhe só três dias a esta ilha e sem dúvida não foi suficiente. É todo um exemplo de um pequeno espaço com muito que fazer. Neste artigo, partilho com vocês conselhos para visitar por livre esta formosa ilha.
VOAR NA SATA: UMA FORMA ECONÓMICA DE CHEGAR AOS AÇORES
Ponta Delgada é a cidade mais grande da Ilha e de todo os Açores, e nela está o maior aeroporto do arquipélago. De facto, nós chegamos ao seu aeroporto num voo direto desde Porto com a companhia açoriana SATA, que coneta diariamente os Açores com Lisboa e Porto, assim como com Boston e Toronto, já ao outro lado do Atlántico. É uma companhia a ter em conta pelo seu custo (fora da época alta podemos visitar esta ilha por menos de 100€) e pelas suas conexões económicas com o continente americano; além disso, é a companhia que utilizamos para irmos ate o Canadá em esta outra viagem que também partilho neste blogue (em galego e castelhano).
COMO IR DO AEROPORTO A PONTA DELGADA
Uma vez no aeroporto, a forma mais razoável de chegar ao centro da cidade é o táxi. Tem um preço único de 10€, que penso que é bastante razoável, sobretudo tendo em conta que não há outro tranporte público disponível coma o autocarro urbano. Os únicos autocarros que vimos no aeroporto são de transporte coletivo de hotéis, que tinham um custo por pessoa maior que o táxi, pelo que o descartamos.
PONTA DELGADA: A CAPITAL
Ponta Delgada é a população mais grande da ilha e conta com quase umas 70.000 pessoas, o que faz dela uma cidade tranquila. A sua vida gira por volta do trânsito do seu porto e do turismo; além disso, é aqui onde encontramos o maior número de hotéis, restaurantes e outros serviços necessários para o viajante.
Em Ponta Delgada temos também vários lugares de interesse. Entre as numerosas igrejas destaca a da Nossa Senhora da Esperança, onde está o Santo Cristo dos Milagres, um santo com grande devoção na ilha e ao que se lhe dedicam as maiores festas da capital. Depois das igrejas, podemos visitar também outros lugares como a porta da cidade, o forte de São Brás ou a Torre Sineira onde há uma boa panorâmica da cidade.
UMA VOLTA PELA ILHA
Ainda que caminhar por Ponta Delgada é um prazer, o mais espetacular da ilha são sem dúvida as suas paisagens, assim que vos recomendo alugar um carro e fazer uma rota pela estrada que a rodeia. Começando na capital, e se saímos pela estrada direcção oeste, dirigimos-nos a uma das primeiras jóias da ilha: A Lagoa das Sete Cidades e o seu miradouro. A pouca distância (aqui tudo está perto) e de volta à costa, chegamos a Ponta da Ferraria, o ponto mais ocidental da ilha com o seu faro e as curiosas piscinas quentes naturais que aproveitam o calor do interior da terra.
Já de volta na ER1, a estrada que rodeia a ilha, dirigimos-nos agora em direcção leste à altura da Ponta da Bretanha e continuamos ate Ribeira Grande, outra importante localidade onde recomendo parar um bocadinho e aproximar-se ate á Ponta do Cintrão.
Se continuamos rodeando a ilha, e pouco depois de Ribeira Grande, passamos pela plantação de chá de Fonte Formoso, onde nos oferecem uma visita guiada gratuita do processo de elaboração do chá assim como uma desgustação do mesmo.
Dependendo do tempo disponível, aconselharia continuar a rota ate a parte mais ao leste da ilha, ate lugares como a Ponta da Madrugada. Se pelo contrário o viajante conforma-se com ver os pontos mais turísticos, seguirá ao interior ate a localidade de Furnas, onde pode tomar um banho termal. Perto de aqui está também a Lagoa das Furnas e os seus géiseres, que são utilizados mesmo para cocinhar o famoso Cozido das Furnas. Não muito longe, e se as nuvens o permitem, se nos aproximamos ao Miradouro do Salto do Cavalo, gozaremos de uma panorâmica impressionante.
Se voltamos de novo a Ponta Delgada é imprescindível deter-se também na Lagoa do Fogo, ainda que para ter uma boa panorâmica da mesma vamos necessitar também que as nuvens não nos ocultem a paisagem.
Esta rota em carro por volta da ilha levou-nos dois dias, ainda que recomendo se fosse possível, dedicar-lhe ao menos um par de dias mais para poder visitar mais localidades e gozar da tranquilidade com que vive a gente nestes lugares. Recomendo parar em algum bar que encontremos pelo caminho para falar com a gente local assim como dormir em alguma casa rural perdida pela ilha (esto último ficou-nos pendente para outra ocasião).
GUIA PRÁTICA E RECOMENDAÇÕES
Onde dormir: Nós dormimos todos os dias no Marina Lounge Hostel em Ponta Delgada, e foi sem dúvida uma boa eleição. Recomendo-o por tudo: profesionalidade, desenho, preço…e sobretudo pelos seus propietários Lino e António.
Onde comer: Como o hostel onde nós estábamos tinha cocinha não fomos comer muito pela cidade. Só jantamos fora uma noite, concretamente no Restaurante A Tasca, e foi uma muito boa eleição.
Onde alugar carro: Nós o fixemos com a empresa Euraçor, por recomendação dos proprietários do hostel. Bom preço e sem nengún problema.
Preços: Posso dizer que está mais ou menos ao mesmo nível que o Portugal continental, pelo que não se pode considerar um destino caro. Como exemplo, aqui deixo o que custan muitas coisas que pode necessitar um viajante para que podam fazer um orçamento:
Dormir: Quarto doble com pequeno-almoço e cocinha (Marina Longe Hostel) 46€ noite
Jantar no restaurante A Tasca de Ponta Delgada: 27,40€ duas pessoas
Aluguer de carro pequeno na empresa Euroaçor: 75€ dois dias seguro incluído
Uma cerveja: muito variable, entre 50 centimos a 1.5€ segundo o local
Um bolo de pan lévedo açoriano: 2.30€
Isto é tudo! E já sabem que como é habitual neste blogue, se têm alguma dúvida, querem deixar aqui algum conselho mais, ou simplesmente querem comentar ou partilhar uma experiência vossa similar, não duvidem em pôr um comentário.